"Considerada uma das mais lindas do mundo,
com representação da fauna amazônica".
Os Tapajó, eram exímios oleiros e as peças
arqueológicas, em grande número, são hoje conservadas em grandes museus do
país, atestando o grande grau de perfeição a que chegaram na feitura de sua
cerâmica. Na cidade Pérola do Tapajós, algumas dessas peças de cultura nativa,
podem ser vistas no Museu Municipal “João Fona”, instalado na Pça. Barão de
Santarém.
A arte tapajônica foi descoberta
por Kurt Nimuendaju em 1923 que teve informação sobre a mesma por um padre
alemão que era seu amigo
, cujo nome é desconhecido. O grupo indígena Tapajó,
localizava-se na foz e ao longo do afluente da margem direita do Amazonas - o
Rio Tapajós. Apenas a cerâmica restou para testemunhar sua história.
Frequentemente a erosão provocada
pelas chuvas colocava a descoberta algumas peças arqueológicas, que os meninos
da cidade chamavam de "careta" dos índios. Diz Paulo Rodrigues dos
Santos em sua obra "Tupaiulândia" que foi em consequência dessas
valas, prejudiciais para a cidade, mas de muita utilidade para a ciência, que
alguns transeuntes curiosos começaram a arrecadar e guardar lindas peças que
afloravam ao solo: vasos esquisitos e recipientes exóticos e desconhecidos,
apresentando complicada e bizarra ornamentação. Foi quando apareceu Kurt
Nimuendaju, e a cerâmica encontrada em Santarém surgiu e foi divulgada ( e levada), para o mundo.
Existem dois tipos de vasos de
cerâmica tapajônica. Vaso de gargalo e de cariátides; além de pratos,
estatuetas, cachimbos, etc.
Cerâmica Tapajônica, advém de uma cultura que
habitou as margens e a foz do Tapajós, na região hoje ocupada pelo município de
Santarém. Como características marcantes,
a modelagem rebuscada, que pode chegar a lembrar o estilo barroco, e a presença
de urnas funerárias, pois o povo Tapajó não enterrava seus mortos.
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