quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Rodovia Translago ainda é problema sem solução

Um grupo de vereadores de Santarém, percorreu a PA-257, no trecho compreendido entre as comunidades de Vila Socorro e Soledade, na região do Lago Grande do Curuai. Os vereadores afirmaram que viram de perto a necessidade de recuperação urgente da rodovia Translago, que segundo os comunitários, há mais de oito anos não recebe qualquer tipo de reparo mais eficaz. O problema é tão extremo que recentemente um grupo de moradores resolveu por conta própria fazer a manutenção em Ponte de madeira que liga certo trecho da mencionada Rodovia.

Apesar da boa vontade política apresentada, nada mudou na Translago.
Boa parte do trecho percorrido pelos representantes populares, ainda apresenta grandes crateras que tornam a viagem mais desconfortável e demorada. A reivindicação  feita por mais de 140 comunidades existentes na região, que dependem da Translago para escoar seus produtos e chegar a Santarém,  principalmente na época do verão forte é mais que urgente, ainda mais quando as embarcações ficam impossibilitadas de chegar até a margem do rio. Até agora, nada de concreto foi feito.
De acordo com o agricultor Renildo dos Santos, morador da comunidade de Soledade, o Lago Grande hoje é um polo que abrange muitas comunidades, que estão abandonadas. “Nós convivemos diariamente com o problema de intrafegabilidade da Translago, não podemos escoar nossos produtos”, afirmou.
Durante reunião com os representantes do Poder Legislativo, os comunitários fizeram muitos desabafos e explicaram que as péssimas condições da rodovia acabam acarretando problemas nos demais setores das comunidades, como: educação, saúde e economia, que são os mais afetados.
José Aderbal Tavares, da comunidade de Pindorama, disse que a Translago é o eixo principal, mas os problemas são diversos, como a falta de estrutura de trabalho para o Ensino Médio.
“O projeto da escola que contemplava seis salas de aula foi feito com apenas quatro, o que não atende nem o Ensino Fundamental. Onde era para funcionar uma secretaria, funciona uma sala. Hoje nós temos 87 alunos do Ensino Médio e apenas um local para atender a todos, o que não comporta. Essa época do ano que nos temos três professores com cinco matérias na escola, duas classes estão debaixo de árvores, tudo isso pela falta de estrutura. É um pedido que já está na Câmara e na Secretaria de Educação, a construção de pelo menos mais quatro salas de aula, para esses alunos sejam atendidos com o mínimo de decência, como manda a Lei Federal”, argumentou Tavares.
Ele desabafou, também, sobre os problemas enfrentados pela comunidade no setor da saúde.
“A saúde nós não temos. Na verdade, temos apenas uma Agente de Saúde que faz suas visitas periódicas, mas ela não tem condições de nos atender como necessitamos, o pronto atendimento mais próximo está na Vila Curuai, a 30 quilômetros daqui. Temos ambulância, mas não temos comunicação para solicitá-la. Então, pra nós é praticamente inválido esse serviço. Não temos transporte coletivo, não temos trafegabilidade na rodovia. Tudo isso deixa as dificuldades pra nós aqui nessa região”, declarou Tavares.
A falta de água na comunidade de Pindorama também é um problema que afeta os comunitários. Segundo Aderbal Tavares, a maioria das comunidades tem água encanada ou de poço. Pindorama ainda se serve do rio para ter abastecimento. Todos aguardamos e temos fé em dias melhores.

Por: Carlos Cruz


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