sábado, 17 de outubro de 2015

Alter do Chão em alerta!

A Vila balneária ‘Caribe brasileiro’ sofre abandono de órgãos públicos e falta de politicas de preservação do meio ambiente


No ano passado, uma pesquisa acadêmica da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, feita no período de fevereiro a dezembro de 2014, apontou a existência de coliformes fecais em três pontos do rio Tapajós, na vila balneária de Alter do Chão. Segundo o estudo, o mês de março foi o que teve maior quantidade de bactérias encontradas. No ponto que fica em frente a Orla da vila balneária, a cada 100 mililitros de água foram detectados 2 mil coliformes.
O estudo de qualidade microbiológica para classificação da balneabilidade como própria ou imprópria foi realizado pela estudante do 7º semestre do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Ana Queloene Corrêa, sob a orientação da professora Graciene Fernandes. A presença de coliformes significa que há condição de acontecer contaminação por doenças naquele ambiente.
Além da praia em frente a orla de Alter do Chão, a pesquisa analisou a água da praia do Cajueiro e da Ilha do Amor, que tiveram números inferiores.  Na Praia do Cajueiro, o mês em que mais foram encontradas bactérias foi em abril, com 1.100 por 100 mililitros de água. Na Ilha do Amor, o mês de maio teve maior incidência, com 1.090 coliformes fecais/100 ml. Uma das razões verificadas pode ser a falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes, tanto estaduais quanto municipais aos banheiros químicos espalhados pela Vila. Poucos deles em condições de receber pessoas. Em volta dos banheiros populares, ninguém para ao menos colocar uma água nos vasos sanitários. Toda essa imundície faz parte do cenário de um paraíso decadente. Sem contar nos casos de Hepatite que teriam sido detectados no chamado Caribe brasileiro.


Anjos voluntários debatem e fazem trabalho que seria da prefeitura

Apesar do aparente descaso com o balneário paraíso, nem todos são omissos. Grupos de voluntários participam de limpeza das praias e trabalho de conscientização, em campanhas permanentes. Em contrapartida, reuniões são feitas entre o agente distrital, representando a prefeitura, comerciantes e membros da comunidade. Mesmo que as reivindicações não sejam aceitas e postas em prática, com esperança de solução, mas pelo menos são colocadas em discussão.
Uma questão explicada pelo governo, e que mereceu ampla cobertura da imprensa é que a praia localizada na Orla da cidade está proibida para banho, segundo a fiscalização municipal, enquanto as demais encontram-se liberadas, conforme as placas indicativas. Se as águas da praia da orla são as mesmas, por que razão de um lado está apta para receber banhistas e de outro não? Ou será que em Alter do Chão o encanto do Botos Tucuxi e  Cor de Rosa é tanto que consegue separar até o curso das águas, ou filtrar o manancial aquático em determinados pontos.

Medidas tomadas por órgãos de fiscalização agiram de forma repreensiva como se a responsabilidade coubesse apenas para os comerciantes da vila balneária, sem nem uma medida tomada para solucionar problemas de infra-estrutura e cuidados ambientais.


A lacuna lamentável são comerciantes terem que pagar tantas licenças, e tantos impostos, cobrados sem dó nem piedade pela plêiade de órgãos fiscalizadores, Bombeiros, Meio Ambiente, da secretaria de saúde, prefeitura, etc, etc. 
Vemos de um lado da moeda, o governo municipal, de outro, os nossos representantes na Câmara de vereadores que se limitam a usar a Tribuna para teorizar criticas e mais críticas a administração pública em lugar de fazer leis e ajudar a fiscalizar, justificando o salário que recebem da população.  No bojo de toda essa situação, o que se constata é que por parte de nossas autoridades, ninguém se mostra sensibilizado, nem com a fiscalização rigorosa na Vila, muito menos com os preços escorchantes que são cobrados aos visitantes, seja por um simples PF ou prato regional mais requintado, todos custam os “olhos da cara”. E assim segue o cortejo popular religioso, a manifestação de fé e cultura popular. Por toda a Vila balneária encontra-se manifestação de descaso administrativo. 
Estaleiro improvisado na Praia de Alter do Chão

Entre os muitos absurdos encontrados pela equipe da revista Via Amazonia está um estaleiro localizado ás margens do rio Tapajós, na Praia do Cajueiro, em Alter do Chão. Nele, operários trabalham sem se importar se os dejetos de seu trabalho tais como restos de madeira e até substancias químicas vão contaminar as águas da famosa Praia e trazer sérios riscos aos banhistas. São apenas trabalhadores, que muitas vezes não atentam ao risco que impõem a si próprios e aos outros, jogando restos de tinta e material químico, como thinner e outros em plena Praia; a verdade é quem deveria ser penalizado pelas autoridades competentes, (se tivesse castigo para esse ato obsceno), deveriam ser os responsáveis pelo “estaleiro” a beira do rio, não os humildes trabalhadores.
Nesse caso, acreditamos que o secretário de Meio Ambiente municipal não seja conhecedor dessa degradação ao meio ambiente. Por outro lado, se é sabedor e finge não ver este absurdo, então mostra para a população que não está preparado para o cargo. A revista Via Amazonia e a opinião pública esperam ansiosos que o setor do Meio Ambiente e partes competentes se manifeste sobre o caso do estaleiro instalado ás margens da Praia do Cajueiro, em Alter do Chão, considerada a mais bonita do Brasil.

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