quarta-feira, 30 de março de 2016

Incrível! Sítio arqueológico de 3 mil anos é encontrado em Curuçá

“Os vestígios encontrados na região do salgado paraense, revelam que a região foi ocupada por seres humanos no período neolítico”.


Artefatos indígenas foram encontrados em um sítio arqueológico no município de Curuçá, no nordeste paraense, na manhã de ontem (29). Entre os objetos encontrados estão raspadores, machadinhas e pedaços de cerâmicas, que indicam ser do Período Neolítico. Este é o quarto sítio encontrado na região. Os outros remontam ao mesmo período neolítico.

O sítio foi encontrado pelo morador Ronildo Jerson Dias de Oliveira, que havia ido até uma área de mangue, onde retirava areia para construção, entre o povoado de Abade e a comunidade de Muriá. Chegando ao local, Ronildo encontrou os vestígios e chamou o historiador do município, especialista em patrimônio cultural e geógrafo, Edionison Conceição, para acompanhá-lo até o local.

Na foto, o geógrafo Edionison Conceição, o morador Ronildo Oliveira, que encontrou os vestígios, e o historiador Paulo Henrique

'Para nós é uma alegria muito grande, pois é uma parte da pré-história que nunca foi estudada', comemora o historiador Paulo Henrique dos Santos Ferreira, que acompanhou Ronildo e Edionison na expedição até o local.
Os vestígios revelam que a região foi habitada por grupos humanos no período neolítico e podem ser do período cerâmico incipiente: 3000 - 1000 a.C. 'Naquela época, os povos amazônicos adotaram um estilo de vida similar ao estilo de vida adotado por muitas tribos do território atualmente. Assim, os indígenas teriam vivido em estado de relativa fixação, realizando a horticultura de raízes. Esses grupos desenvolveram a primeira cerâmica elaborada da América, com temas geométricos e zoomórficos, pinturas em tinta branca e vermelha', comentou.


No sítio é possível obter uma larga quantidade de informações acerca de práticas, valores e estruturas dos povos que viveram na região. 'Este achado mostra a pré-história  de Curuçá, que até hoje foi pouco estudada e abre possibilidade de novos estudos da região', frisou Paulo.
Próximos passos - A partir de agora será confeccionado um documento, dando ciência ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) sobre a descoberta. 'De acordo com a legislação, por ser um material arqueológico, é um patrimônio da União e a competência da investigação cabe ao Iphan', explicou Paulo Henrique.
Por: Redação ORM News/ Fotos; Paulo Henrique

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