segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Estudantes amazonenses elaboram projeto de mini-hidrelétrica doméstica

"Mini-hidrelétrica residencial é capaz de gerar tensão elétrica de até 127 volts e abastecer diversos utensílios domésticos"

Alunos do ensino médio da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) estão elaborando um projeto para baratear os custos com o consumo de energia convencional, construindo uma mini-hidrelétrica para utilizar a água da chuva ou dos reservatórios de casa para produzir energia elétrica. O orientador do projeto “Hidroluz: Geração de energia com a utilização da água da residência ou da chuva”, Rodrigo Corsino, explicou que o objetivo é oferecer uma alternativa de energia limpa não só para Manaus, mas principalmente para o interior do Estado, onde as famílias carentes sofrem com a precariedade do abastecimento elétrico.


Na prática, o projeto consiste na criação de uma mini-hidrelétrica, que utiliza um tanque (ou uma caixa de água) de mil litros e, por meio de um dispositivo instalado no encanamento da residência, o equipamento faz a água movimentar uma roldana, que por sua vez gera uma potência de luz suficiente para ligar todos os utensílios de uma casa. 
“Além das atividades domésticas, essa água armazenada pode ter mais esta opção de uso.
A roda que é adaptada na caixa recebe o fluxo de água e faz o alternador girar. Esse equipamento fica ligado a um inversor, equipamento este que transforma energia mecânica em elétrica, e por sua vez, é capaz de gerar energia suficiente para abastecer vários utensílios de uma casa, como televisão, geladeira e até ar condicionado”, destaca ele.  O professor destacou que a tensão usada nas residências é 110 volts, mas a mini-hidrelérica  é possível gerar até 127 volts de energia.
O estudante João Medeiros Garcês, de apenas 15 anos, foi um dos alunos responsáveis pela execução do projeto. Para ele, o mais importante foi que eles conseguiram confeccionar a mini-hidrelétrica utilizando apenas materiais reutilizáveis, o que tornou o projeto mais viável e econômico. “Antes eu pensava que para se criar algo  inovador era preciso ser genial e, na verdade, não é bem assim. Você só precisa ter vontade de fazer acontecer realmente,  ou seja, só precisa se esforçar. Foi o que fizemos”, afirmou o menino.
Segundo o estudante, o projeto ainda está em fase de testes, mas ele acredita que até famílias no interior possam utilizar o mecanismo. “A longo prazo, as pessoas poderiam até deixar de usar a energia da concessionária porque a tensão gerada pela mini-hidrelétrica consegue produzir energia suficiente para atender a demanda”, aposta.
O projeto “Hidroluz” foi o vencedor entre os projetos do ensino médio apresentados durante a feira tecnológica da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), realizada no mês passado.
KELLY MELO/ A CRITICA, MANAUS


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