segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Equilíbrio da floresta





O Brasil é o país que abriga cerca de 20% de todas as espécies de animais do planeta, a diversidade da fauna também é algo impressionante, para se ter uma idéia, a cada cinco espécies de planta uma está localizada no Brasil. A explicação para tamanha abundância é simples, os 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro englobam várias zonas climáticas, entre elas a equatorial do Norte, a semi-árida do Nordeste e a subtropical do Sul. A variação de climas é a principal mola para as diferenças ecológicas. O Brasil é dono de sete biomas (zonas biogeográficas distintas), entre eles a maior planície inundável (o Pantanal) e a maior floresta tropical úmida do mundo (a Amazônia).<A Floresta Amazônica é a grande responsável por boa parte da riqueza natural do país. Com 5,5 milhões de quilômetros quadrados, possui nada menos que um terço de todas as espécies vivas do planeta. No Rio Amazonas e em seus mais de 1000 afluentes, estima-se que haja quinze vezes mais peixes que em todo o continente europeu. Apenas 1 hectare da floresta pode trazer até 300 tipos de árvore. Se fizermos uma pequena

comparação, a floresta temperada dos Estados Unidos possui 13% do número de espécies de árvores da Amazônia. Há estimativas que indicam existir mais de 10 milhões de espécies vivas em toda a floresta, mas o número real é incalculável, podendo ser menor ou muito maior.
É impressionante a diversidade, a beleza, a exuberância ou até mesmo as inimagináveis
figuras e faces amazônicas que o homem jamais imaginou encontrar. Um espetáculo de cores e tamanhos. Para se ter uma idéia do grau do desconhecimento sobre a Amazônia, sua área mais rica em biodiversidade foi descoberta recentemente. O Alto Juruá, no Acre, ostenta o saldo invejável de 616 espécies de ave, cinqüenta espécies de réptil, 300 de aranha, 140 de sapo, dezesseis de macaco, além de 1 620 tipos de borboleta. Tudo isso num ambiente já alterado pelo homem, que vem ocupando cada vez mais espaço, e tomando obviamente de antigos e legítimos “proprietários”.
Toda criação depende de outra para que possa se estabilizar no meio em que vive. Independentemente de que local ou espécie, todo ser vivo necessita estar em equilíbrio com tudo ao seu redor para que o seu redor esteja em equilíbrio com ela.
Na região amazônica como todo ecossistema do planeta, tem cada espécie como presa e predador. Mas existe uma grande diferença entre outros biomas e a Amazônia, é tão fantástica como os seus inquilinos agem e sobrevivem.
A sensacional luta pela sobrevivência é mais um espetáculo a céu aberto que pode ser flagrado aqualquer instante. Podemos citar os grandes predadores carnívoros, as aves, os peixes, etc.
Temos observado a grande ação do homem como grande predador do meio ambiente, seja de maneira legal ou ilegal; plantações, pecuária, represas, biopirataria, desmatamentos, queimadas... São inúmeras as formas de agressão ao espaço Amazônico, mas queremos
relatar a maravilhosa luta pela alimentação, a maneira de viver que consiste em tirar a vida de outro para sobreviver.
Como a nossa região é bastante alagada, é comum observarmos aves caçando ou capturando peixes com uma precisão perfeita, elas literalmente caem sobre seu alvo. Ou também aves que caçam nas margens dos rios, buscando em meio à lama ou vegetação de várzea pequenos peixes que se escondem nesses locais.
Já dentro do rio são muitas as espécies que atuam como predadores supremos, sejam em
cardumes ou individualmente. Podemos citar as piranhas como um peixe carnívoro muito
conhecido na região, possui todos os mitos imagináveis pelos aquaristas ainda não
experientes. Na realidade trata-se de um peixe muito voraz, predador e com mandíbulas
fortíssimas, a força da mordida da Piranha é considerada como proporcionalmente a de um BulDog. A maioria das Piranhas são rápidas, mas geralmente atacam quando estão estimuladas para isso, pelos cardumes. Capaz de destruir ou alimentar-se de um pedaço de carne em segundos... Dentro das inúmeras espécies de Piranhas, algumas são canibais e outras não, mas todas sem exceção possuem comportamentos agressivos... As Piranhas são parentes próximos dos Pacus e são facilmente confundidos quando pequenos. Muitos outros peixes atuam como predadores, não com a bravura da piranha mas o suficiente para garantir sua alimentação diária.
Fora do rio existem várias presas fáceis e predadores cruéis. Um dos mais famosos é a
onça-pintada, que é considerada o maior felino das Américas. Temida pelo homem, a onça-pintada ou jaguar é um perigo para qualquer animal na sua área de caça. Queixadas e capivaras são suas presas favoritas. É difícil prevenir-se contra o ataque de uma onça. Ela move-se silenciosamente, com cabeça abaixada: as manchas de seu pêlo constituem uma perfeita camuflagem. A onça é um bom pescador. Agita a cauda sobre a superfície do rio para atrair o peixe que ela pega com uma patada.
Como o tigre, ao contrário da maioria dos felinos, ela nada freqüentemente, atravessando rios e riachos. A onça tem sido muito caçada por causa da sua bela pele. Por isso, a espécie está ameaçada, uma vez que sua reprodução é lenta.
O acasalamento dá-se em qualquer época. Ao nascer, o filhote pesa quase um kg. Com seis semanas já vai caçar. Fica com a mãe até um ou dois anos. Este felino lindo, infelizmente por causa da ganância da maioria dos homens pelo dinheiro; será brevemente difícil encontrar em seu habitat natural ou praticamente extinta.
A forma de sobrevivência adotada por todos os seres vivos sempre colaboram para o
desenvolvimento do meio em que vivem, por exemplo, quando um beija-flor se alimenta em uma flor, contribui com a distribuição do pólen que fecundará outra flor que por sua vez se multiplicará; O macaco, ou pássaro que se alimenta de frutos naturais ajuda a semear novas árvores, pois as sementes são despejadas por onde passam através de suas fezes; as serpentes que se alimentam de camundongos, ajudam a manter estável a quantidade desses animais... E assim sucessivamente. Tudo contribui para o controle do meio em que vivem.
Por Renier Rocha Fotos: Hely Pamplona

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