"Alta tensão- O
choque de 500 volts pode matar animais grandes e até um ser humano, que ‘frita’
na hora, se segurar o "peixe elétrico" pela cabeça e rabo, ao mesmo tempo".
A eletricidade do peixe-elétrico
serve para protegê-lo de ataques de predadores, para capturar presas e ainda
orientá-lo no escuro. Da mesma forma que os morcegos usam as ondas sonoras,
este tipo de peixe utiliza a eletricidade para ‘enxergar’.
Eles emitem ondas
elétricas para o meio ambiente que as manda de volta. Receptores na pele do
peixe levam as ondas por terminações nervosas ao cérebro, que a traduz.Isso é possível porque o
peixe-elétrico possui células musculares modificadas que produzem impulsos
elétricos, chamadas de eletrócitos. Qualquer movimento muscular gera energia.
Acontece que, no caso destes animais, parte da eletricidade não é gasta no
movimento do seu corpo, ficando armazenada nos tais eletrócitos. Daí o contato
ou apenas a proximidade com eles gera grande descarga elétrica.
Alerta- A intensidade do choque varia de
acordo com a espécie. No Brasil, existe o poraqué ou peixe-elétrico da
Amazônia. Ele habita águas turvas e fundos lodosos da Bacia Amazônica, mas
também ocorre no Mato Grosso e em outras regiões da América do Sul.
O nome poraqué vem da língua Tupi
e significa ‘colocar pra dormir’. O choque de 500 volts pode matar animais
grandes e até um ser humano, que ‘frita’ na hora se segurar o bicho pela cabeça
e rabo, ao mesmo tempo. Para se ter uma ideia, a tensão de um chuveiro elétrico
tem em média 220 volts.
As outras espécies de
peixe-elétrico produzem choques em uma intensidade bem menor, incapaz de matar
uma pessoa. A descarga não afeta o próprio animal, já que o campo elétrico fica
ao redor do corpo do peixe. Mesmo assim, o peixe elétrico pode levar um choque
de outro peixe-elétrico! Um dos grandes perigos nos rios da Amazônia.
Fotos; Divulgação//Gráfico; Blog do André S. França
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