“Em pesquisa
realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA, o Bodó foi
aclamado como um dos mais ricos peixes de água doce”.
Manaus – Espécie Amazônia de
casca grossa e feia aparência, mas que agrada muito ao paladar caboclo, o
acari, o tradicional bodó está em alta com os nutricionistas, mas tem um detalhe,
só deve ser adquirido vivo.
Se existe um peixe dotado de
muitas proteínas, esse peixe é o bodó. Peixe comum no rios e lagos do Amazonas,
o peixe cascudo é rico em proteínas.
Do peixe se aproveita tudo,
inclusive a casca que serve para fazer ração; peixe altamente nutritivo o Bodó
pode ser encontrado nas feiras e mercados da capital e do interior, principalmente
no período das cheia dos rios, já que no período da vazante ele se recolhe para
procriar. Heliofago o Bodó se alimenta de resíduos, é pescado de maneira
tradicional através de redes ou manualmente, colhendo as espécies direto nas
tocas.
Na colunaria amazonense, ele é
muito utilizado, nas formas assado na brasa, ou cozido no caldo de Tucupi, uma das características, é como se aprecia a iguaria, nas mais diferentes formas. Na
região do baixo Amazonas, principalmente os habitantes dos municípios de
Barreirinha e Parintins, eles consomem por inteiro o Bodó, comendo inclusive as
vísceras e a guelras, já os consumidores da cidade de Manaus, degustam
basicamente somente a carne do peixe.Considerado “o patinho feio” na
preferência dos consumidores e pescadores, o Liposarcuspardalis, conhecido
popularmente como acari-bodó, revelou-se um peixe com um grande potencial
econômico e social.
Isso foi o que demonstrou a tese
de doutorado “Alterações pos-mortem e aproveitamento tecnológico do músculo de
acari-bodó, Liposarcuspardalis (Castelnau, 1855)”, de Fábio Tonissi Moroni da
Coordenação de Pesquisas em Tecnologia de Alimentos do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (CPTA/Inpa), defendida no ano de 2014. A pesquisa
apresentou três inovações tecnológicas para o consumo do peixe: os filés
congelados, a compostagem e o hidrolizadoprotéico (decomposição das moléculas
do músculo por meio da ação de enzimas).
O pesquisador explicou que o
acari-bodó é um peixe típico do Amazonas, pois ele não é encontrado em nenhum
outro lugar do país. Faz parte da culinária cabocla por ter uma carne saborosa
e costuma ser apreciado em forma de caldeirada, assado ou na forma de farinha
de peixe, também conhecida como farinha de piracuí.
Apesar de ser bastante conhecido
pela população, ele é secundário na preferência dos pescadores, pois para
mantê-lo vivo faz-se necessário aumentar os custos de produção, diminuindo sua
lucratividade quando comparado às demais espécies de peixes amazônicos.
Isso porque os pescadores
precisam comercializá-lo dentro de embarcações parcialmente inundadas para
mantê-los vivos (eles devem ser consumidos imediatamente após a morte, devido
ao rápido processo de deterioração e ao odor insuportável que provocam). Esses
seriam alguns dos problemas apontados por Moroni.
Amazonianarede – Kennedy Lyra
Se existe um peixe dotado de
muitas proteínas, esse peixe é o bodó. Peixe comum no rios e lagos do Amazonas,
o peixe cascudo é rico em proteínas.
Do peixe se aproveita tudo,
inclusive a casca que serve para fazer ração; peixe altamente nutritivo o Bodó
pode ser encontrado nas feiras e mercados da capital e do interior, principalmente
no período das cheia dos rios, já que no período da vazante ele se recolhe para
procriar. Heliofago o Bodó se alimenta de resíduos, é pescado de maneira
tradicional através de redes ou manualmente, colhendo as espécies direto nas
tocas.
Na colunaria amazonense, ele é
muito utilizado, nas formas assado na brasa, ou cozido no caldo de Tucupi, uma das características, é como se aprecia a iguaria, nas mais diferentes formas. Na
região do baixo Amazonas, principalmente os habitantes dos municípios de
Barreirinha e Parintins, eles consomem por inteiro o Bodó, comendo inclusive as
vísceras e a guelras, já os consumidores da cidade de Manaus, degustam
basicamente somente a carne do peixe.Considerado “o patinho feio” na
preferência dos consumidores e pescadores, o Liposarcuspardalis, conhecido
popularmente como acari-bodó, revelou-se um peixe com um grande potencial
econômico e social.
Isso foi o que demonstrou a tese
de doutorado “Alterações pos-mortem e aproveitamento tecnológico do músculo de
acari-bodó, Liposarcuspardalis (Castelnau, 1855)”, de Fábio Tonissi Moroni da
Coordenação de Pesquisas em Tecnologia de Alimentos do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (CPTA/Inpa), defendida no ano de 2014. A pesquisa
apresentou três inovações tecnológicas para o consumo do peixe: os filés
congelados, a compostagem e o hidrolizadoprotéico (decomposição das moléculas
do músculo por meio da ação de enzimas).
O pesquisador explicou que o
acari-bodó é um peixe típico do Amazonas, pois ele não é encontrado em nenhum
outro lugar do país. Faz parte da culinária cabocla por ter uma carne saborosa
e costuma ser apreciado em forma de caldeirada, assado ou na forma de farinha
de peixe, também conhecida como farinha de piracuí.
Apesar de ser bastante conhecido
pela população, ele é secundário na preferência dos pescadores, pois para
mantê-lo vivo faz-se necessário aumentar os custos de produção, diminuindo sua
lucratividade quando comparado às demais espécies de peixes amazônicos.
Isso porque os pescadores
precisam comercializá-lo dentro de embarcações parcialmente inundadas para
mantê-los vivos (eles devem ser consumidos imediatamente após a morte, devido
ao rápido processo de deterioração e ao odor insuportável que provocam). Esses
seriam alguns dos problemas apontados por Moroni.
Amazonianarede – Kennedy Lyra
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