sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Pesquisadores descobrem nova espécie de peixe no Tapajós

"O peixe é de pequeno porte, similar as  piabas encontradas nos rios do Brasil"


Pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) descobriram uma nova espécie de peixe no no igarapé Açu que pertence à bacia do Rio Tapajós, localizado na Floresta Nacional do Tapajós (Flona), próximo ao município de Aveiro, oeste do Pará. O peixe é de pequeno porte
– o maior espécime encontrado mediu 96 mm – é similar as  piabas, encontradas nos rios do Brasil.
 A descoberta é resultado da pesquisa realizada pelo biólogo Cárlison Silva de Oliveira, para a dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos (PPG-RACAM) da Ufopa. Ele contou com a orientação do professor Frank Raynner Ribeiro e co-orientação do docente André Luiz Canto.A nova espécie foi batizada em homenagem aos indígenas da etnia Munduruku - nativos da margem direita do rio Tapajós que originaram o município de Aveiro - e recebeu nome científico de Bryconops munduruku.
De acordo com o biólogo, a espécie é diferente devido a aparência, coloração e anatomia, a contagem de escamas, estrutura óssea e outros termos técnicos. Até o momento foi encontrada em apenas um igarapé que drena para o rio Tapajós.
Para a comprovação da nova espécie e confirmação de nomenclatura, foi necessária a divulgação da descoberta em um jornal científico. A publicação foi feita no jornal internacional Zootaxa, uma referência em taxonomia animal.

Outras espécies
A pesquisa de Cárlison é a primeira sobre a ictiofauna – termo exclusivamente utilizado para a fauna de peixes. Segundo os estudiosos, os igarapés da Flona Tapajós contam com grande quantidade de peixes, mas até então não havia nenhuma pesquisa relacionada ao assunto. Somente durante a realização da pesquisa, 117 espécies de peixes foram encontradas nos 22 igarapés estudados.

De acordo com os pesquisadores, o estudo contém o maior registro sobre a ictiofauna dos igarapés localizados em unidade de conservação. Através das coletas de materiais  foi possível a descoberta de outras espécies de peixes que poderão ser descritas posteriormente, após novos estudos e comprovação científica.

Fonte: G1 Tapajós/ Fotos: Divulgação/Cárlisson Oliveira, Frank Raynner Ribeiro e André Canto


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