sábado, 31 de outubro de 2015

Denúncia – Pesca predatória dizima Lago do Maicá

Pesca de arrastão aumentou por causa da suspensão do Defeso

A captura desenfreada de peixes no Lago do Maicá feita de forma clandestina virou motivo de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA). No início desta semana, o titular da SEMMA, Podalyro Neto, reuniu com representantes das comunidades de Murumurutuba e São Francisco da Cavada para discutir ações que possam coibir a pesca predatória na região.

Os representantes das comunidades reclamam que com a suspensão do período do defeso, a Portaria publicada pelo Governo Federal, através do Ministério do Meio Ambiente, no último dia 09/10 e mais a estiagem dos lagos, a pesca predatória teve um aumento considerável por causa dos arrastões.

De acordo com o Secretário, a maior dificuldade da SEMMA é a rede da informação que dificulta as ações de apreensão e autuação, pois a informação vaza muito rápido. “Por esse motivo, foi solicitado uma reunião com as comunidades de Murumuru, Murumurutuba, São Francisco da Cavada, Bom Jardim, Igarapé Açu e Tiningú para juntos com o Poder Público e lideranças, possamos construir uma estratégia de fiscalização que possa gerar retorno às comunidades contra a pesca predatória no Lago do Maicá”, destacou Podalyro.
Segundo ele, essa reunião é importante para discutir estratégias de políticas ambientais na região, tendo em vista a necessidade dos órgãos responsáveis intervirem sobre a pesca predatória.
FISCALIZAÇÃO: Em agosto deste ano, as regiões de Ituqui, Maicá, Lago Grande e Arapiuns, localizadas na área de rios no município de Santarém, foram alvo de uma operação de combate a crimes ambientais, principalmente a pesca predatória.
A operação foi coordenada pela SEMMA. O planejamento da ação foi discutido durante reunião entre órgãos de segurança e do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
De acordo com Podalyro Neto, o Lago do Maicá está localizado em parte no perímetro urbano de Santarém e é formado por grandes lagos cujas águas são de origem do rio Tapajós, com alguma influência do rio Amazonas, através da área de restinga que divide o Ituqui do Maicá.
“Mas esta região rica em recursos pesqueiros vem sofrendo problemas com a pesca predatória, até por pessoas de fora da região e a invasão de geleiras que capturam grande quantidade de pescado, além da criação de bubalinos”, denuncia o ambientalista.
PONTO TURÍSTICO: Além de importante local da captura de peixes, o Lago do Maicá também é considerado ponto turístico de Santarém. Com águas tranqüilas, como se fosse um tapete, uma paisagem belíssima e diferente, pela paz, flora e fauna do ambiente, com predominância dos pássaros que habitam a região. Conhecer o Lago do Maicá, localizado no rio Tapajós, há 30 minutos do porto de Santarém, é um programa no mínimo, diferente. Região habitada por pescadores, que tem casas isoladas e distantes uma das outras, dando a idéia da paz e solidão que vivem. No trajeto, próximo a pequenos arbustos, vê-se os pescadores com suas canoas, pacientemente esperando os resultados da pescaria. Durante as grandes enchentes as casas são totalmente invadidas e abandonadas, até a vazante, quando tudo volta a ser como era antes.
Por: Manoel Cardoso/ RG 15, O Impacto

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