"Produto pioneiro no mercado nacional reduzirá custos com a
aquisição de ração animal, além de gerar emprego e renda para a população do Amazonas".
Um estudo desenvolvido no
Amazonas pretende produzir alimentação animal a partir do cultivo intensivo de
microrganismos presentes na água, os zooplânctons. O nutriente é considerado
importante para a vida dos peixes por ser o primeiro alimento a ser consumido
pelas espécies.
A pesquisa faz parte do trabalho
intitulado ‘Projeto Zooplâncton: produção biotecnológica intensiva de
organismos aquáticos para a indústria de alimentação animal’ que conta com
recursos do governo do Estado por meio do Programa de Subvenção Econômica à
Inovação (Tecnova/AM) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam).
De acordo com o coordenador do
projeto, Paulo Amaral Júnior, como o zooplâncton já é consumido pelos peixes no
ambiente natural, a ideia é utilizá-lo como ingrediente para agregar valor
nutricional à ração. “Para que a gente
consiga subsidiar essa produção de uma ração com esse tipo de organismo é
preciso produzir uma biomassa de zooplâncton para, assim, poder fornecer às
indústrias de produção de ração animal”, disse o pesquisador.
Engenheiro de Pesca, pela
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Júnior informou que o estudo atende
uma necessidade da indústria de alimentação animal regional e brasileira: a
produção intensiva de proteína bruta de origem animal. Ele garantiu que,
atualmente, o produto não possui concorrentes na indústria brasileira. “Esse é
um projeto pioneiro que idealizamos e é o único comercialmente no Brasil. A
ração deve ter um custo menor para o produtor por não necessitar de uma
tecnologia de produção tão complexa. Para fazer uma farinha de peixe, por
exemplo, é necessária uma estrutura muito grande, enquanto a biomassa de
zooplâncton pode vir a baratear o valor da ração”, disse Amaral.
O projeto está sendo realizado na
empresa Ecology Biotecnologia, localizada no quilômetro 127 ramal do banco,
quilômetro 10 da Rodovia AM-010, no município de Rio Preto da Eva.
Empresário informou que produto é
pioneiro no mercado nacional.
(Foto: Érico Xavier/Ag. Fapeam)
Além de oferecer uma nova
alternativa no segmento alimentício animal. O projeto não prejudica o meio
ambiente por não utilizar produtos industriais e deixa o Amazonas independente
em relação à importação de outros Estados. “É uma nova forma de abastecer a
indústria de ração. Nós ainda sofremos com a distância entre os Estados. Por
isso, uma ração produzida aqui diminuirá esse custo de logística no valor final
do produto”, disse Amaral.
A perspectiva é que o projeto
possibilite a geração de emprego e renda para a população. “Com o bom andamento
do projeto, vamos precisar de mais recursos humanos seja para produzir a
biomassa de zooplâncton ou para a comercialização do produto. Então, isso
fortalecerá. Economicamente, o Amazonas”, disse.
O pesquisador destaca que o apoio
da FAPEAM é fundamental para tornar o trabalho realidade. “A FAPEAM é
importante para andamento dessa pesquisa. Esse é um projeto que vai beneficiar
a sociedade com a melhoria na qualidade da produção de pescado, geração de
emprego e renda e transferência de
tecnologia”, finalizou Júnior.
Economicidade
Atualmente, os produtos vendidos
feitos com a mesma matéria-prima são comercializados por R$ 1,00 por grama.
Isso significa que a produção e comercialização de extrato bruto de biomassa
rico em zooplâncton auxiliarão no crescimento econômico, além de potencializar
a diversificação da aquicultura no Amazonas. “Com essa produção de ração com
microrganismos colocamos mais um produto com a marca Amazônia no mercado
nacional”, disse Amaral.
O zooplâncton é presente em maior
quantidade em rios e tanques de piscicultura. A projeção de produção do
microrganismo equivale a 30 quilos por dia em um tanque com uma dimensão de 60
metros cúbicos de água.
A ideia é comercializar uma parte
da biomassa como insumo para a indústria de alimentação animal (farinha de
plâncton) e a outra será vendida como alimento à base de zooplâncton, produto
premium, como alimento de peixes ornamentais.
Sobre o Tecnova/AM
O Programa apoia projetos de
inovação tecnológica, associados às oportunidades de mercado, buscando o
desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores que
sejam novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional)
para o desenvolvimento dos setores econômicos considerados estratégicos nas
políticas públicas federais e aderentes à política pública de inovação do
estado do Amazonas, promovendo um significativo aumento das atividades de
inovação e o incremento da competitividade das empresas.
Texto : Esterffany Martins
/Agência Fapeam/ Fotos: Érico Xavier/Agência Fapeam
Um estudo desenvolvido no
Amazonas pretende produzir alimentação animal a partir do cultivo intensivo de
microrganismos presentes na água, os zooplânctons. O nutriente é considerado
importante para a vida dos peixes por ser o primeiro alimento a ser consumido
pelas espécies.
A pesquisa faz parte do trabalho
intitulado ‘Projeto Zooplâncton: produção biotecnológica intensiva de
organismos aquáticos para a indústria de alimentação animal’ que conta com
recursos do governo do Estado por meio do Programa de Subvenção Econômica à
Inovação (Tecnova/AM) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam).
De acordo com o coordenador do
projeto, Paulo Amaral Júnior, como o zooplâncton já é consumido pelos peixes no
ambiente natural, a ideia é utilizá-lo como ingrediente para agregar valor
nutricional à ração. “Para que a gente
consiga subsidiar essa produção de uma ração com esse tipo de organismo é
preciso produzir uma biomassa de zooplâncton para, assim, poder fornecer às
indústrias de produção de ração animal”, disse o pesquisador.
Engenheiro de Pesca, pela
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Júnior informou que o estudo atende
uma necessidade da indústria de alimentação animal regional e brasileira: a
produção intensiva de proteína bruta de origem animal. Ele garantiu que,
atualmente, o produto não possui concorrentes na indústria brasileira. “Esse é
um projeto pioneiro que idealizamos e é o único comercialmente no Brasil. A
ração deve ter um custo menor para o produtor por não necessitar de uma
tecnologia de produção tão complexa. Para fazer uma farinha de peixe, por
exemplo, é necessária uma estrutura muito grande, enquanto a biomassa de
zooplâncton pode vir a baratear o valor da ração”, disse Amaral.
O projeto está sendo realizado na
empresa Ecology Biotecnologia, localizada no quilômetro 127 ramal do banco,
quilômetro 10 da Rodovia AM-010, no município de Rio Preto da Eva.
Empresário informou que produto é
pioneiro no mercado nacional.
(Foto: Érico Xavier/Ag. Fapeam)
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Além de oferecer uma nova
alternativa no segmento alimentício animal. O projeto não prejudica o meio
ambiente por não utilizar produtos industriais e deixa o Amazonas independente
em relação à importação de outros Estados. “É uma nova forma de abastecer a
indústria de ração. Nós ainda sofremos com a distância entre os Estados. Por
isso, uma ração produzida aqui diminuirá esse custo de logística no valor final
do produto”, disse Amaral.
A perspectiva é que o projeto
possibilite a geração de emprego e renda para a população. “Com o bom andamento
do projeto, vamos precisar de mais recursos humanos seja para produzir a
biomassa de zooplâncton ou para a comercialização do produto. Então, isso
fortalecerá. Economicamente, o Amazonas”, disse.
O pesquisador destaca que o apoio
da FAPEAM é fundamental para tornar o trabalho realidade. “A FAPEAM é
importante para andamento dessa pesquisa. Esse é um projeto que vai beneficiar
a sociedade com a melhoria na qualidade da produção de pescado, geração de
emprego e renda e transferência de
tecnologia”, finalizou Júnior.
Economicidade
Atualmente, os produtos vendidos feitos com a mesma matéria-prima são comercializados por R$ 1,00 por grama. Isso significa que a produção e comercialização de extrato bruto de biomassa rico em zooplâncton auxiliarão no crescimento econômico, além de potencializar a diversificação da aquicultura no Amazonas. “Com essa produção de ração com microrganismos colocamos mais um produto com a marca Amazônia no mercado nacional”, disse Amaral.
O zooplâncton é presente em maior
quantidade em rios e tanques de piscicultura. A projeção de produção do
microrganismo equivale a 30 quilos por dia em um tanque com uma dimensão de 60
metros cúbicos de água.
A ideia é comercializar uma parte
da biomassa como insumo para a indústria de alimentação animal (farinha de
plâncton) e a outra será vendida como alimento à base de zooplâncton, produto
premium, como alimento de peixes ornamentais.
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