"A foto que Hely Pamplona só foi conhecer dias depois de tirada, virou estampa de cartão telefônico da Telemar no Pará, o mais disputado por colecionadores entre os vários ilustrados com fotos de Pamplona".
Embrenhar-se na floresta amazônica, ficar dias, semanas e até meses longe da civilização faz parte da vida do fotógrafo paraense Hely Pamplona. Estar literalmente envolvido pela natureza propiciou a ele várias imagens raras e interessantes da fauna e flora da região. A mais incrível que você vê nesta página é a do peixe grande abocanhando o peixe pequeno.
A foto, que Pamplona só foi conhecer dias depois de tirada, virou estampa de cartão telefônico da Telemar no Pará, o mais disputado por colecionadores entre os vários ilustrados com fotos de Pamplona.
“Foi um momento de sorte, há quatro anos. Fotografava uma modelo as margens do Rio Gurupí, na cidade do mesmo nome. De repente o peixe pulou fora da água. Deu seis saltos e disparei três vezes”, conta Pamplona. Tinha nas mãos uma zoom de foco manual 80- 200 mm , na posição 200mm, acoplada a uma antiga Canon AV 1, mecânica. “Só uma foto ficou boa. A melhor que fiz na vida”, diz.
Como estava a 12 horas de Belém (PA), enviou o filme para um laboratório na capital do Pará por meio de um cobrador de ônibus. “Dias depois, liguei para meu irmão, que foi buscar as fotos, e ele disse que uma delas era impressionante. Todos do laboratório tinham visto, além da minha família, menos eu”, afirma. Como tudo foi muito rápido, o fotógrafo não tinha a menor idéia de que o peixe maior perseguia um menor. “Pra mim era só um peixe saltando. Quando cheguei em Belém e vi a foto, quase não acreditei. Meu irmão já havia me contado como era, mas estava muito melhor do que imaginava”, revela.
PREPARE-SE PARA A SELVA
Hely Pamplona vende as fotos para agências de publicidades, revistas, jornais e faz trabalhos para prefeituras, entidades e empresas.Sonha em montar um banco de imagens e comercializá-las nos grandes centros. Diz que, para quem curte foto de natureza,a Amazônia é o paraíso.Mas, fotografar na floresta exige uma boa preparação antecipada. “Deve-se ter o máximo de informação sobre a região, os costumes, o clima, os animais, as doenças tropicais, os perigos...E não adianta trazer um monte de equipamento.Opte pelo básico sempre com uma boa tele, acondicionado em uma mochila de tamanho médio, impermeável”, diz.
Conhecer os hábitos das espécies, descobrir onde dormem, comem e bebem água, é outra dica do fotógrafo paraense. “Os caboclos, gente da terra, sabem muito sobre isso e podem ajudar. Quem não conhece a região deve sempre ter um deles ao lado para não cair em armadilhas da natureza”, adverte.
Como chove bastante na Amazônia e há muitos deslocamentos através dos rios, Pamplona leva o equipamento dentro de uma caixa de isopor com a tampa bem fechada por meio de manqueiras de borracha “tripa de mico”. “Além de proteger da umidade e ser impermeável, a caixa fica boiando caso caia n'água”, diz.
Da redação/ Fotos Hely Pamplona
Esta foto era uma lembrança de infância, em uma edição de domingo do Liberal, se não me falhe a memória. Que bom poder vê-la de novo, pois ao longo dos anos falei delas para várias pessoas. Parabéns ao fotógrafo Hely Pamplona e à equipe do Via Amazônia. Vou compartilhá-la.
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