“O artesão Izauro Farias de
Sousa, de 96 anos, mais conhecido como mestre Izauro, morreu na tarde de sábado (26) em Santarém, oeste do Pará”.
De acordo com a filha de Izauro,
Léa Sousa, por volta do meio-dia deste sábado ele passou mal e foi levado para
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), bairro Diamantino, onde foi atendido, mas
não resistiu e morreu de insuficiência respiratória. “Ele já estava doente,
chegou a ser hospitalizado”.
O velório foi realizado na Igreja
Adventista do Sétimo Dia, na Avenida Castelo Branco, entre as ruas Gonçalves
Dias e Antônio Simões, bairro Uruará. O enterro aconteceu no domingo (27) no
cemitério do Mararu.
O artesão é natural do município
de Santa Isabel, no Pará. Segundo Léa, mestre Izauro não estava mais exercendo
o ofício de artesão há três anos, por decisão. “Ele aprendeu aos dez anos e
desde sempre trabalhou nisso”, contou. A especialidade do artesão era
transformar argila em obras de arte, chegando a fazer réplicas das cerâmicas
arqueológicas do Tapajós. O trabalho do mestre foi destaque no quadro “Me leva
Brasil”, do programa dominical Fantástico, da Rede Globo.
Com Informações G1 Tapajos
Fama e arte do artesão atravessaram fronteiras
Os artigos cerâmicos produzidos
em Santarém, oeste do Pará, tornaram-se conhecidos mundialmente pelas mãos do
mestre Izauro Farias, conhecido como Izauro do Barro.
O oleiro viveu mais de 30 anos na
cidade, produzindo a arte por meio da cerâmica, talento que foi descoberto aos
10 anos de idade. A arte tornou-se profissão e conquistou o mundo. “Eu estava
vendo o oleiro trabalhar e ele perguntou se eu queria aprender essa arte. Eu
disse que sim”, contou Izauro do Barro.
O artista descreveu, na época, como suas peças ficaram mundialmente
conhecidas. “Eu tenho peça na mesa do Papa. Uma professora encomendou uma meia
dúzia de castiçais para dar de presente ao Papa”, relembra o artesão, que diz
ter peças da sua arte até na França. “Tem no museu da França. Em um ano em que
até a seleção estava jogando, veio um empresário do Rio de Janeiro e comprou
muitas peças, peças grandes e já tinha trato lá pra fora, pra França”, revelou
em março de 2014, por ocasião do Dia do Artesão.
Da redação/ Via Amazônia
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