"Tanta beleza natural, mas a região não tem apoio que deveria ter do governo brasileiro"
A Amazônia brasileira é um dos pedaços mais fabulosos e preservados do mundo. A Floresta Amazônica, que se esparrama pelos Estados da região Norte, permanece intocada em sua maior parte - cerca de 75% - e abriga fauna e flora riquíssimas. Não por acaso, desperta o interesse de todo o planeta. A região abriga incontáveis espécies de mamíferos e mais de 250 espécies de aves, além de jacarés, tartarugas, cobras, rãs e peixes. Espetáculo à parte são os inúmeros rios, alguns de dimensões oceânicas, que se desdobram em igarapés, corredeiras e formam bancos de areia e praias.
Ocorre que toda essa beleza enfrenta um antigo problema: a Amazônia é a região brasileira que recebe o menor incentivo para o turismo. Além disso, sofre para atrair turistas, principalmente entre os brasileiros, que preferem curtir as praias do Nordeste ou do Rio de Janeiro, do que conhecer os encantos da selva e a riqueza cultural amazônica. Para mudar essa realidade, um grupo de empresários e líderes do setor decidiu entrar em ação. Após reuniões que resultaram em um documento com propostas e demandas, a coordenadora do trabalho, a deputada federal Simone Morgado (PMDB-PA), entregou ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, a proposta que busca incentivar o turismo nos Estados da Amazônia.
Redigido pelas principais entidades representativas do turismo na região, sob o comando da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), o documento apresenta as necessidades de investimentos para o setor, e traz dados que mostram que a região Norte, incluindo o Pará, recebe o menor orçamento e os mais baixos incentivos para o desenvolvimento do turismo local, quando comparados às demais regiões. “Por suas diversidades, a Amazônia é um polo turístico convergente e precisa ser integrada dentro dos destinos mundiais de interesse turístico”, declara Simone Morgado.
De acordo com levantamento feito pelos especialistas em turismo da Amazônia, com dados do site Transparência Brasil, além de outros documentos analisados, a região Norte foi a que recebeu o menor número de instrumentos de cooperação e aporte de recursos, de 1996 a 2015.
O relatório aponta: “A distribuição de recursos não é equânime, carecendo de maior equilíbrio nas ações de fomento, com foco no desenvolvimento turístico integrado da Amazônia”. O texto mostra, por exemplo, que, no Pará, o repasse para o setor, entre 2012 e 2015, foi de R$ 250 mil por ano, em média.
NA LANTERNA
Entre 1996 e 2015, o Pará teve aprovados, no Ministério do Turismo, convênios que somavam R$ 890 milhões. No mesmo período, o Nordeste recebeu R$ 6 bilhões, quase 7 vezes mais. As propostas entregues ao ministro do Turismo são resultado de debate realizado em Audiência Pública, na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, da Câmara dos Deputados. A audiência pública, que aconteceu há 1 mês, foi realizada por sugestão da Confederação Nacional do Turismo, que mostrou as dificuldades enfrentadas pelo setor de na região amazônica.
FOMENTO
Segundo a proposta levada ao Ministério do Turismo, o fortalecimento do setor na Amazônia Legal demanda um conjunto de iniciativas e ações de fomento que assegurem a participação do setor produtivo na implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável. Entre as propostas apresentadas estão a construção de um grupo permanente para realizar pesquisas, planejar e atuar com diretrizes e eixos estruturantes para o desenvolvimento da Amazônia.
A proposta entregue ao ministro do Turismo também solicita a redução de taxas aéreas, criando uma malha aérea regional integrada entre os Estados e os países limítrofes, com maior frequência de voos, inclusive a adoção de code share, com redução das tarifas, do ICMS sobre os combustíveis.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, destacou as potencialidades da região amazônica. Para o ministro, a Amazônia é pouco explorada do ponto de vista turístico. “Falta visibilidade, inovação e mais divulgação. Só temos orgulho da Amazônia, quando estamos fora do Brasil. Vamos mudar isso”, disse o ministro, que elogiou a iniciativa, apresentada pelo grupo, de realização de seminários em seis cidades-polo da Amazônia. O objetivo é discutir as potencialidades do turismo. O ministro reafirmou a intenção do Governo Federal de firmar parcerias com os Estados da região e entidades do setor.
(Luiza Mello/Diário do Pará)
NA LANTERNA
Entre 1996 e 2015, o Pará teve aprovados, no Ministério do Turismo, convênios que somavam R$ 890 milhões. No mesmo período, o Nordeste recebeu R$ 6 bilhões, quase 7 vezes mais. As propostas entregues ao ministro do Turismo são resultado de debate realizado em Audiência Pública, na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, da Câmara dos Deputados. A audiência pública, que aconteceu há 1 mês, foi realizada por sugestão da Confederação Nacional do Turismo, que mostrou as dificuldades enfrentadas pelo setor de na região amazônica.
FOMENTO
Segundo a proposta levada ao Ministério do Turismo, o fortalecimento do setor na Amazônia Legal demanda um conjunto de iniciativas e ações de fomento que assegurem a participação do setor produtivo na implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável. Entre as propostas apresentadas estão a construção de um grupo permanente para realizar pesquisas, planejar e atuar com diretrizes e eixos estruturantes para o desenvolvimento da Amazônia.
A proposta entregue ao ministro do Turismo também solicita a redução de taxas aéreas, criando uma malha aérea regional integrada entre os Estados e os países limítrofes, com maior frequência de voos, inclusive a adoção de code share, com redução das tarifas, do ICMS sobre os combustíveis.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, destacou as potencialidades da região amazônica. Para o ministro, a Amazônia é pouco explorada do ponto de vista turístico. “Falta visibilidade, inovação e mais divulgação. Só temos orgulho da Amazônia, quando estamos fora do Brasil. Vamos mudar isso”, disse o ministro, que elogiou a iniciativa, apresentada pelo grupo, de realização de seminários em seis cidades-polo da Amazônia. O objetivo é discutir as potencialidades do turismo. O ministro reafirmou a intenção do Governo Federal de firmar parcerias com os Estados da região e entidades do setor.
(Luiza Mello/Diário do Pará)
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