Mais que amor ao que fazem. O artesanato e a pintura das cuias servem como expressão de laços de amizade e companheirismo entre as mulheres de Aritapera
Consideradas como utensílios
reconhecidamente regionais, as cuias confeccionadas na região do Aritapera,
proporcionam há séculos o sustento de várias gerações de famílias moradoras na
região do Tapajós e até fora desta, inclusive em Belém e Manaus, e outras
capitais onde o conhecimento foi expandido.
Faça cheia ou mesmo em períodos de
estiagem do rio Amazonas a labuta artesanal é constante. Vale tudo para mostrar
as cuias, que são o xodó e marca registrada do Aritapera em Santarém do
Tapajós.
Entre a árvore e os espaços de
exposição e comercialização as cuias percorrem um longo caminho, deixando
marcas da sua importância para a cultura do Pará ao longo do caminho, que pode
ser os rios da Amazônia ou as ruas dos centros urbanos do Brasil e de outros
países onde encontramos as cuias pintadas de Aritapera em exposições, feiras,
como recipientes diversos e até utensílios decorativos.
Declarado pelo IPHAN Patrimônio
Cultural do Brasil, as “cuias de Santarém” ganham notoriedade internacional.
Mais do que festejar a conquista
pelo reconhecimento internacional das cuias como Patrimônio cultural, é
importante conhecer, resgatar as tradições, preservar a identidade cultural
desse bem. A pintura das cuias resulta de uma prática centenária,
principalmente das mulheres artesãs de Aritapera, localizada às margens do rio
Amazonas, uma das mais importantes comunidades artesãs de Santarém.
Da redação/ Fotos PARATUR
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