"O levantamento foi feito em 19
aldeias da reserva nas regiões de Papiú e Waikás, onde ficam as etnias Yanomami
e Ye’kwana, em novembro de 2014. Na região, foram coletadas 239 amostras de cabelo e
35 amostras de peixe, principal alimento dos indígenas".
Estudo recente coordenado pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Socioambiental (ISA) realizado na reserva
Yanomami (RR) mostra que em algumas aldeias indígenas, 92% das pessoas
examinadas estão contaminadas por mercúrio. A pesquisa teve a coordenação do
pesquisador da Fiocruz, médico Paulo César Basta e realizada em parceria com o
ILMD/Fiocruz Amazônia e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-RJ).
Índice considerado altíssimo por
especialistas, é resultado direto da contaminação ambiental causada por
milhares de garimpos ilegais que exploram o solo à procura de ouro naquela
região, utilizando como base o mercúrio.
Conforme o pesquisador do
ILMD/Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana – que participou da coleta de dados –
essa pesquisa é inédita em populações indígenas do Brasil, pois até então, as
discussões em torno do impacto dos garimpos ilegais nas aldeias indígenas
giravam sobre a invasão do território e da contaminação do meio ambiente.
O levantamento foi feito em 19
aldeias da reserva nas regiões de Papiú e Waikás, onde ficam as etnias Yanomami
e Ye’kwana, em novembro de 2014. Lá, foram coletadas 239 amostras de cabelo e
35 amostras de peixe, principal alimento proteico dos indígenas.
Diversos estudos científicos
associam a contaminação por mercúrio a problemas neuropsicomotores, déficit
cognitivo, dificuldade de aprendizagem, falta de concentração, dificuldades na
visão. Na gestação, o principal risco da contaminação é a mãe gerar um bebê com
má-formação.
A pesquisa já foi tabulada e será
publicada brevemente em revistas científicas, segundo informou Jesem. Mas, o
relatório com o resultado do estudo e os relatos dos indígenas já foi entregue
para autoridades do Estado de Roraima, para a Polícia Federal – que investiga a
exploração ilegal de garimpos na região -, para o Ministério Público Federal
(MPF), para a Fundação Nacional do Índio (Funai), para o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e para a Relatoria
Especial para os Direitos Indígenas da ONU.
*Com informações da assessoria de
imprensa/Foto ACRITICA.COM
Estudo recente coordenado pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Socioambiental (ISA) realizado na reserva
Yanomami (RR) mostra que em algumas aldeias indígenas, 92% das pessoas
examinadas estão contaminadas por mercúrio. A pesquisa teve a coordenação do
pesquisador da Fiocruz, médico Paulo César Basta e realizada em parceria com o
ILMD/Fiocruz Amazônia e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-RJ).
Índice considerado altíssimo por
especialistas, é resultado direto da contaminação ambiental causada por
milhares de garimpos ilegais que exploram o solo à procura de ouro naquela
região, utilizando como base o mercúrio.
Conforme o pesquisador do
ILMD/Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana – que participou da coleta de dados –
essa pesquisa é inédita em populações indígenas do Brasil, pois até então, as
discussões em torno do impacto dos garimpos ilegais nas aldeias indígenas
giravam sobre a invasão do território e da contaminação do meio ambiente.
O levantamento foi feito em 19
aldeias da reserva nas regiões de Papiú e Waikás, onde ficam as etnias Yanomami
e Ye’kwana, em novembro de 2014. Lá, foram coletadas 239 amostras de cabelo e
35 amostras de peixe, principal alimento proteico dos indígenas.
Diversos estudos científicos
associam a contaminação por mercúrio a problemas neuropsicomotores, déficit
cognitivo, dificuldade de aprendizagem, falta de concentração, dificuldades na
visão. Na gestação, o principal risco da contaminação é a mãe gerar um bebê com
má-formação.
A pesquisa já foi tabulada e será
publicada brevemente em revistas científicas, segundo informou Jesem. Mas, o
relatório com o resultado do estudo e os relatos dos indígenas já foi entregue
para autoridades do Estado de Roraima, para a Polícia Federal – que investiga a
exploração ilegal de garimpos na região -, para o Ministério Público Federal
(MPF), para a Fundação Nacional do Índio (Funai), para o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e para a Relatoria
Especial para os Direitos Indígenas da ONU.
*Com informações da assessoria de
imprensa/Foto ACRITICA.COM
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