"O alto custo do milho na alimentação animal no Amazonas levou o pesquisador, Ronaldo Francisco Lima, a estudar uma nova alternativa: a substituição do milho pelo farelo de cupuaçu".
A utilização do fruto típico da região amazônica na dieta de
bubalinos surgiu como uma forma de reduzir custos para alimentação animal. A
estimativa do pesquisador é que até em dezembro deste ano, já se tenha os
resultados sobre a viabilidade da substituição do milho pelo farelo de
cupuaçu.
A pesquisa conta com apoio do governo do Estado por meio da
Fundação de Amparo de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e é
realizada na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em parceria com as
Empresas Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Cupuama.
Doutor em Zootecnia, o pesquisador Ronaldo Francisco Lima, disse
que a crescente demanda pela utilização sustentável dos recursos alimentícios
em todo o mundo tem aumentado o número de pesquisas sobre a utilização de
ingredientes alternativos na nutrição animal como forma de evitar a utilização
de alimentos usados em larga escala na alimentação humana e também, como forma
de baixar o custo de produção animal.
A industrialização do cupuaçu gera o farelo do cupuaçu como
resíduo com potencialidade de ser aproveitado na alimentação animal.
“O cupuaçu é uma fruta, típica da floresta amazônica, muito
utilizada na produção de diversos produtos como sorvete, sucos, geleia e
chocolates da manteiga extraído da semente. No entanto, a industrialização
dessa fruta gera o farelo do cupuaçu como resíduo com potencialidade de ser
aproveitado na alimentação animal”, citou o pesquisador.
A composição do farelo de cupuaçu e sua alta disponibilidade,
segundo o pesquisador, poderá ser uma alternativa na alimentação animal.
“Ainda há poucos trabalhos com utilização do farelo na
alimentação animal, porém acreditamos em um bom desempenho com custos menores,
uma vez que o Amazonas é um produtor de cupuaçu”, ressaltou o pesquisador.
Benefício socioeconômico
Além de beneficiar o produtor rural que poderá pagar um valor
menor na ração, o estudo também promove o fortalecimento da economia com a geração de emprego e renda para população
amazonense, já que o farelo deve ser adquirido em indústrias da região
especializadas no processamento do cupuaçu.
“O governo do Estado por meio da Fapeam é de fundamental
importância para o desenvolvimento do projeto, pois está dando o apoio
financeiro que precisamos para a concepção de novas tecnologias”, disse o
pesquisador.
Esterffany Martins / Agência Fapeam/Foto principal; Silvio Porto
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