"PESQUISADOR REVELA A HIPOCRISIA POR TRÁS DA PROIBIÇÃO DA CAÇA AO JACARÉ"
A afirmação é do pesquisador Fernando Collyer, um dos mais respeitados nos meios científicos, e também autor do livro as Fraudes Ecológicas da Amazônia. Ele narra que; "O Amazonas corre o risco de se ver transformado num protetorado de um réptil crocodiliano que habita seus rios e lagos e tornar-se a República dos Jacarés"
Deboche e ironia à parte, os números agora são oficiais: existem 25 milhões de jacarés somente nos rios, lagos e igapós contíguos à região da reserva de Mamirauá no rio Solimões, que se alimentam de milhares de toneladas de peixes por dia e ameaçam a vida dos ribeirinhos. Quem faz essa surpreendente revelação, para desapontamento dos fanáticos preservacionistas e do Ibama, é o zoólogo Ronis da Silveira, do INPA-Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, uma das instituições mais sérias deste país. Com competência, autoridade e responsabilidade, ele pesquisa e monitora há dez anos a população de jacarés da reserva ecológica de Mamirauá. Quando iniciou seu trabalho, Ronis contava 300 animais a cada quilômetro de rio percorrido. Hoje, conta mais de 2.000. Essa espantosa proliferação causa perplexidade e receio aos próprios pesquisadores, que admitem ser perigosa a permanência do caboclo em seu próprio habitat. A constatação leva o governo federal a optar entre o homem e o jacaré: ou revoga a proibição à sua caça, ou assume a responsabilidade pelas mortes causadas pelas feras. Em alguns lagos, navegar de canoa é risco de vida pela quantidade desses animais, que pode ser bem mais que a estimada, segundo observa Ronis, se considerarmos que as fêmeas desovam nos lagos afastados e em lugares remotos, escapando ao Censo.
A população de jacarés, hoje, é dez vezes maior que a humana, num percentual de dez animais para cada habitante. A estatística, além de ameaçadora é absurda, todavia, aplaudida por ambientalistas fanáticos, que defendem a lei 5.197/67.
A proibição à caça de jacarés é o mais longo e estúpido defeso de uma espécie animal do mundo.
Na verdade, esse interdito proibitório nada mais é que uma submissão do Brasil ao comércio coureiro internacional, cujos negócios giram hoje em torno de U$600 milhões/ano.
Mantendo essa proibição o governo brasileiro assume a figura do agente causador dessas mortes, passíveis de ações judiciais de indenização, pelas dezenas de vidas humanas devoradas por esses répteis.
Admira-se que representantes dos Direitos Humanos, tão diligentes na defesa de seqüestradores internacionais, ainda não tenham se manifestado em defesa desses irmãos do interior amazônico, vítimas disponíveis dessa incontrolável população assassina, que ultrapassa os limites da racionalidade, do bom senso e do respeito à vida.
A assembléia Legislativa do Amazonas, por uma estranha ironia, realizou audiência pública para tratar do assunto, e para decepção das vítimas ali presentes (algumas com braços e pernas dilacerados), o representante do Ibama disse tratar-se de uma realidade com a qual os moradores do interior terão de conviver por mais algum tempo, até que se concluam os "estudos técnicos", para a revogação da lei que proíbe sua caça.(Estamos ou não caminhando para a proclamação da "Republica dos Jacarés"?).
JACARÉ-AÇU, O GIGANTE CARNÍVORO
DOS RIOS DA AMAZÔNIA
"Além de super perigoso, é a maior espécie de jacaré, podendo atingir até 4,5
metros de comprimento e mais de trezentos quilos de pura agressividade"
O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é uma espécie de jacaré exclusiva da América do Sul. O termo "jacaré-açu" se origina da língua tupi, através da junção dos termos îakaré ("jacaré") e gûasu ("grande").Também conhecido como jacaré-negro, é um "gigante dos rios" . É a maior espécie de jacaré, podendo atingir até 4,5 metros de comprimento e mais de trezentos quilos. Porém já foram encontrados exemplares com mais de 5,5 metros de comprimento e possivelmente meia tonelada de peso.
Exemplares adultos de grandes dimensões podem predar qualquer animal de seu habitat, inclusive outros predadores de topo, como onças, pumas, jiboias e sucuris, se forem surpreendidos por esses animais. Normalmente, se alimenta de pequenos animais, como tartarugas, peixes, capivaras e veados. É uma espécie que esteve à beira da extinção, devido ao valor comercial do seu couro de cor negra e da sua carne. Atualmente, encontra-se protegido e sua população encontra-se estável no Brasil.
Bióloga atacada por jacaré na Amazônia luta
inexplicavelmente pela preservação da espécie.
"Deise Nishimura deixou São Paulo para viver numa casa flutuante dentro de uma reserva ecológica. Num momento de distração, foi atacada por um jacaré com mais de quatro metros".
A Reserva Mamirauá, no Amazonas, concentra uma das maiores populações de jacarés na região. Uma bióloga que saiu de São Paulo em busca de um sonho - viver numa das maiores unidades de conservação de vida selvagem da Amazônia – acabou sendo vítima desse animal, perdeu uma perna, mas sobreviveu de forma surpreendente.
Alguns pesquisadores garantem que em Mamirauá existem 90 jacarés para cada habitante da reserva. O jacaré-açu é o maior predador da América do Sul: alguns medem mais de 6 metros.
Quando um bicho desses morde alguém, dificilmente a vítima sobrevive. Em dezembro de 2010, na véspera do Ano Novo, em Mamirauá, a bióloga paulista Deise Nishimura limpava peixe na beira da casa flutuante onde morava, quando foi arrastada para a água por um jacaré de mais de 4 metros de comprimento. Mesmo desarmada, ela decidiu lutar pela vida.
"Nessa hora, achei que tinha morrido já, já era. Mas aí lembrei que num documentário eu vi que quando você é atacada por um tubarão, sua parte mais sensível é o nariz. Aí pensei: qual será a parte mais sensível do jacaré? Coloquei a mão na cabeça dele e achei dois buracos, não sei se era o nariz ou o olho, e eu enfiei meus dedos assim, bem forte, e apertei com toda a força. Foi quando ele me soltou, e, nessa hora, percebi que já estava sem minha perna", relembra a bióloga.
Deise nadou até a beirada da casa, mas não conseguiu subir. Teve de escalar um tronco para sair da água. Exausta, ela gritou por socorro. Mas não havia ninguém por perto. Então ela se arrastou até a sala de rádio e pediu ajuda. Quinze minutos depois, os funcionários da reserva chegaram. Fizeram torniquetes nas pernas e levaram a bióloga até Tefé. No hospital, uma hora depois, o médico ficou espantado.
A bióloga chegou no hospital em estado de choque. Não tivesse a resistência que ela tem e a sorte que ela teve, não teria sobrevivido a esse tipo de ataque. O que mais chamou a atenção do médico é que artéria femural de Deise permanecia bloqueada, mesmo sem o torniquete. Isso impediu que ela morresse de hemorragia.
"Chegando no hospital o médico até estranhou que eu não tinha perdido muito sangue. Ele acha que o jacaré, na hora em que ele estava me girando, deu uma torcida na artéria também e isso estancou o sangue". Nos oito meses em que trabalhou na reserva, Deise tirou várias fotos do jacaré, ele gostava de dormir debaixo da casa flutuante onde a bióloga morava.
O jacaré tinha até nome: apesar de ser um macho enorme era chamado de Dorotéia. No dia seguinte ao ataque, os ribeirinhos da reserva mataram o animal, encontraram a perna de Deise e levaram até o hospital em Tefé. Mas, segundo o médico Adalberto Villa Lobos, não havia como tentar um reimplante.
"O reimplante foi descartado por causa do tipo de lesão que o jacaré causa numa perna ou em qualquer membro que é atacado", diz o médico. "Mas, graças a Deus, conseguimos fazer uma intervenção cirúrgica muito boa, conseguimos limpar tudo e não houve nenhuma infecção".
DA REDAÇÃO/ VIA AMAZÔNIA
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