“Passados dois meses, pesquisadores não recomendam o uso da água, tanto para banho, como para o consumo, ainda que tratada”
Pesquisa realizada pelo Instituto
Evandro Chagas (IEC) no Rio Pará, após o naufrágio do navio Haidar, com 5 mil
bois vivos, no dia 6 de outubro deste ano, revela que os impactos ambientais na
área do Porto de Vila do Conde
são cada vez menores. A avaliação da qualidade da água, feita a partir de diversas análises, já apontava que, em uma semana, a própria natureza se encarregou de minimizar a situação. Porém, mesmo passados 2 meses, os pesquisadores não recomendam o uso da água, tanto para banho, como para o consumo, ainda que tratada.
são cada vez menores. A avaliação da qualidade da água, feita a partir de diversas análises, já apontava que, em uma semana, a própria natureza se encarregou de minimizar a situação. Porém, mesmo passados 2 meses, os pesquisadores não recomendam o uso da água, tanto para banho, como para o consumo, ainda que tratada.
O relatório divulgado à
imprensa detalha que foram retiradas amostras em 10 pontos do rio, próximo ao
porto, durante enchentes e vazantes, nos dias 7, 8, 14 e 15 de outubro, mês do
acidente. Pesquisadores da seção de Meio Ambiente, encarregados de monitorar a
qualidade da água daquela área desde 2009, coletaram e fizeram a análise física
– química, microbiológica e biológica. De acordo com o engenheiro químico Bruno
Carneiro, nos 2 primeiros dias os impactos eram significativos: demanda
bioquímica de oxigênio - concentração de matéria orgânica biodegradável,
oxigênio dissolvido – fundamental para a vida aquática; fósforo – excesso de
supercrescimento de algas, óleos e graxas, apresentavam alterações ou que
deveriam ser inexistentes. “O que aconteceu lá foi o lançamento de matéria
orgânica dos bois que entraram em decomposição, e dejetos, aumentando a
proliferação de bactérias”, explica.
ESTUDO
Num breve estudo realizado também
pela bióloga Samara Pinheiro e o biomédico Edivan Vale, em comparação ao mesmo
período do ano passado, logo após o naufrágio houve grandes alterações ao meio
ambiente, mas, com o passar do tempo, elas foram diminuindo e, até uma semana
depois do acidente, nos últimos dias da análise, as alterações já eram
insignificantes. “O impacto foi muito grande, mas o rio teve poder de
recuperação ainda maior em pouco tempo”, avalia Carneiro, reforçando que “se
faz necessário monitoramento constante”.
Há, porém, outra pesquisa com
conclusão distinta. Técnicos do Laboratório Central do Estado (Lacen)
divulgaram, no dia 21 de outubro passado, que as praias do Caripi, Itupanema e
o igarapé Dendê estavam livres de contaminação. O Lacen havia coletado as
amostras de água na semana anterior à divulgação da pesquisa.
Fonte;Diário do Pará
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