“A iguaria exótica foi elaborada de forma artesanal, sendo utilizados carne moída de catitu e condimentos. Vale a pena experimentar"
Sucesso no churrasco do domingo e
como petiscos no ‘happy hour’, a linguiça ganhou uma nova roupagem no Amazonas.
Com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas (Fapeam) estudantes desenvolveram uma linguiça de catitu, conhecido
popularmente como porco do mato.
O produto está sendo finalizado e deve está
pronto para comercialização até o segundo semestre de 2016.
A linguiça é resultado de um
projeto de pesquisa desenvolvido no âmbito do Programa de Iniciação Científica
da Fapeam pelos acadêmicos de Medicina Veterinária do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), campus zona Leste, Alessandro
Pereira e Rafaela Vieira, orientados pela professora Kilma Neves.
Segundo a coordenadora, a
proposta surgiu a partir de um estudo da professora Flávia de Carvalho,
coorientadora do projeto, ao longo do curso de especialização em Tecnologia de
Alimentos do Ifam. A princípio, foi criado um tender de catitu.
“A ideia surgiu em parceria com o
professor Paulo Andrade da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a partir do
trabalho da minha então orientanda Flávia de Carvalho que elaborou o tender de
catitu e avaliou as características nutricionais e microbiológicas deste
produto e da carne in natura de catitu. A partir do entendimento de que a carne
de catitu é uma carne saborosa, com baixo teor de lipídios, fonte de proteína e
com potencial comercial para nossa região, decidimos prosseguir com os estudos
elaborando outro produto”, disse Kilma Neves.
O acadêmico do 4º período de
Medicina Veterinária e integrante do grupo de pesquisa, Alessandro Pereira,
disse que a experiência tem sido enriquecedora. Segundo ele, o sabor da
linguiça é inconfundível.
“Me sinto privilegiado em poder
participar da pesquisa. Elaboramos um projeto e conseguimos o recurso da Fapeam
e isso nos motivou ainda mais. Tenho atuado nos laboratórios, e tem sido uma
experiência interessante mergulhar nesse universo. A linguiça que desenvolvemos
é gostosa, tem um sabor único. Eu recomendo”, disse o universitário.
Processo de criação da linguiça
A linguiça defumada foi elaborada
de forma artesanal, sendo utilizados carne moída de catitu e condimentos.
Segundo a coordenadora do estudo, após a homogeneização dos ingredientes e
embutimento em tripa natural, as linguiças foram defumadas.
O projeto está em andamento e deve ser
concluído até julho de 2016. Ate lá, segundo a professora, outras análises
deverão ser realizadas para que, de fato, a linguiça possa ser disponibilizada
ao consumidor. Enquanto isso, o grupo de pesquisa já trabalha no
desenvolvimento de outros alimentos a partir do processamento da carne de
catitu.
“O produto é elaborado em nível experimental,
para a realização das análises. Os resultados dessas análises poderão ser
utilizados como parâmetros para futuras possibilidades de comercialização.
Nosso grupo de pesquisa também está elaborando um hambúrguer de carne de
catitu”, disse a pesquisadora.
A CRITICA.COM/ *Com informações
da assessoria de comunicação.
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