“O repórter fotográfico Roberto Santos, diretor superintendente da Revista Via Amazônia, verificou in loco a situação de degradação ocasionada pela falta de chuvas no Tapajós e parte da Amazônia e mostra com exclusividade.”
O dia amanhece, mas o sol que aparece,
mesmo quando vai embora ao final da tarde, parece ser perpétuo, por que seu
calor aumenta e fica. E faz muito tempo
que a terra encontra-se seca, que a natureza sofre por conta da escassez de vida
que a chuva teria por obrigação trazer. Mas a benção não chega, e o sofrimento
persiste.
Um dia, o gado saiu para pastar; não
encontrou o verde, na volta ficou na estrada. E tudo por que no lugar da alegria,
nas cores alegres da água e do pasto, quem esperava era a morte, com seu semblante
cinza e triste. E que dizer do peixe? Se afogou, sem ar. Pois de água nada
encontrou. No fundo dos rios estava muito quente, o peixe assou, queimou,
morreu aos bandos, afogado na areia que usou como último refúgio, em busca de
água.
Dizem os mais velhos, experientes
em dor, que o cenário triste é castigo de Deus, contra quem desobedeceu. O que
foi fotografado e registrado, está sendo mostrado e classificado de teimosia do
homem contra o Criador. Foi desrespeito do ribeirinho, do pescador, do homem da
cidade. Todos estão pagando alto preço, por terem desobedecido ao Mandamento
que é escrito nas árvores, nos rios e por toda a floresta Amazônica.
Agora, não restam mais dúvidas;
onde era rio, existe só terra batida, onde tinha verde, agora é degradação,
virou foco de incêndio e sinônimo de destruição. E tudo isso por conta da
teimosia do homem, que respondeu aos carinhos da Mãe Natureza com malcriação. E
agora chora sem ter sombra, nem consolo, lágrimas amargas e secas.
Texto: Carlos Cruz/
Fotos Roberto Santos/ Auxiliadora Santos
Fotos Roberto Santos/ Auxiliadora Santos
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