Comércio do vinho da saborosa fruta regional de cor marrom é um dos principais carros-Chefes da família Santos há quase 50 anos. Tudo começou com Lucimar dos Santos e Manoel de Oliveira, em Manaquiri
David dos Santos representa a 3ª geração de vendedores de buriti |
É com o marrom amarelado do buriti, entre outras polpas de frutas, que a família do comerciante David Oliveira dos Santos, 35, tira o seu sustento há quase 50 anos.
Ele representa a terceira geração de uma família que comercializa esse tipo de produto desde os tempos em que seus avós, Lucimar dos Santos e Manoel de Oliveira, vendiam as iguarias, ainda na cidade de Manaquiri (a 60 quilômetros de Manaus).
Ele representa a terceira geração de uma família que comercializa esse tipo de produto desde os tempos em que seus avós, Lucimar dos Santos e Manoel de Oliveira, vendiam as iguarias, ainda na cidade de Manaquiri (a 60 quilômetros de Manaus).
Os avós passaram a tradição para o pai de David, que se chama Neder Oyama, que por sua vez repassou a “missão buritizeira” para o neto, que faz questão de relembrar essa verdadeira saga. “Tudo começou com os meus avós lá em Manaquiri. Depois começamos a vender aqui em Manaus, na Compensa, Santo Antônio e no mercado municipal Dorval Porto, na avenida Djalma Batista, onde estamos há 20 anos”, conta o neto.
O buriti ao "natural" e já transformado em vinho (Clóvis Miranda) |
Dona Lucimar já é falecida. Já “seu” Manoel, que é descendente de italianos e peruanos, hoje está com 75 anos, ainda vende buritis no Santo Antônio e vai, vez por outra, ao mercado Dorval Porto para ajudar Neder e David, que tem mais quatro irmãos e oito tios. “Começamos primeiro com o açaí e o buriti acabou sendo uma consequência”, contou David, durante a entrevista, com “um olho na reportagem e outro na clientela”.
DE GERAÇÃO A GERAÇÃO
David casou cedo, aos 17 anos, e pouco tempo depois virou pai. Foi quando começou a trabalhar com o pai. Lá se vão mais de 20 anos, outras três crianças nasceram, sendo que o mais velho, Lucas, tem 16 anos. O rapaz já sabe vender, mas ainda não atua diretamente no comércio, conta David, que prefere deixar nas mãos do garoto a decisão de seguir ou não com o ramo. “O que ele decidir fazer eu vou apoiar, inclusive se ele escolher outra coisa melhor. Mas vamos continuar com o negócio, pois isso está no sangue. Não tem pra onde correr”.
PRODUÇÃO
A produção do buriti é feita a partir da compra do produto, extraído em cidades do interior, como Manaquiri, Anorí, Codajás e Itacoatiara. Diferente do açaí, cujo suco é produzido a partir de uma máquina despolpadeira, o processo de produção do buriti é artesanal e inclui, primeiro, a ralação do buriti em uma peneira (após o fruto ter sido fervido em água), para a obtenção da polpa. Só depois disso é que ela vai para a máquina, para ser transformada em suco, o popular vinho de buriti.
Além dos pontos localizados no mercado Dorval Porto, a venda dos buritis dos “Santos” também ocorre em pronta-entrega em forma de garrafas, em academias e lanchonetes, por exemplo, nesta que já é uma expansão dos negócios da família. “O importante é de termos a satisfação em vender um produto bom para os meus clientes, de vê-los satisfeitos. Inclusive, muitas pessoas vêm de fora, de Brasília e Fortaleza, e até dos Estados Unidos, para comprar meus produtos”, destaca David, que ressalta a necessidade da higiene na venda das bebidas.
“Aqui é tudo limpinho, com higiene total. Recomendo que as pessoas que vendem produtos como buriti e açaí tenham higiene total com o que fazem. Que trabalhem com dedicação. Pois, se uma pessoa passar mal e for constatado que foi pelo produto que vendeu, é melhor fechar as portas”, conta ele.
Gosto muito...
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