“Índios reuniram-se na manhã de ontem, segunda-feira (21) no rio Tapajós, para pedir o fim da barragem no local”.
A manhã de ontem não foi muito tranquila, em relação aos
protestos contra as hidrelétricas que podem ser construídas no Rio Tapajós,
considerado sagrado pelos povos indígenas. Querendo um fim para construção de
barragem no local, indígenas usaram faixas em português “Barre a barragem.
Mantenha o rio Tapajós vivo” e outras em diversas línguas, protestando contra a
construção de barragens no rio, que sustenta sua cultura e modo de vida, além
de uma rica biodiversidade
, informou o portal UOL.
No total, há 43 hidrelétricas previstas para a bacia do
Tapajós, sendo a maior delas a de São Luiz do Tapajós, próxima a Itaituba, no
Pará. Com 7,6 quilômetros de cumprimento e mais de 53 metros de altura (o
equivalente a um prédio de 18 andares), a barragem planejada terá um
reservatório de 729 km² (extensão maior do que a cidade de Salvador). De acordo
com o UOL, Se construída, São Luiz do Tapajós vai destruir 14 lagoas sazonais e
perenes, mais de 7 mil hectares de pedrais (áreas com pedras nos rios
importantes por abrigar diversas espécies de peixes, morcegos e aves), 320
ilhas e 17 corredeiras, alerta a ONG Greenpeace, que também participa do ato:
RISCOS
Segundo o UOL, a usina deve inundar ainda parte dos cerca de
178 mil hectares da Terra Indígena Sawré Muybu, do povo Munduruku, que teve seu
processo de demarcação paralisado por conta dos interesses do governo na área
para a hidrelétrica.
Especialistas consideram a biodiversidade da região do
Tapajós excepcional até mesmo para padrões amazônicos. Cerca de 376 km² de
floresta vão desaparecer sob as águas. Espécies como o boto-cor-de-rosa, a
onça-pintada, o tatu-canastra, que precisam circular livremente para procriar e
se alimentar, sofrerão diretamente pelo barramento do rio, diz a ONG. Sem
contar as espécies.
Informações Portal UOL
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