“Na fase atual, já é possível ver materializados os sistemas do veículo. Falta agora a carenagem, que é de fato o que dá forma e design ao carro, e após isso serão feitos os testes de qualidade”
Estudantes do curso de
Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Instituto de Engenharia
e Geociências (IEG) da Ufopa se preparam para participar da Baja SAE BRASIL –
uma competição internacional originária da Universidade da Carolina do Sul,
Estados Unidos – na qual estudantes de engenharia de todo o país criam veículos
off-road para pistas fora de estrada, conhecidos como minibajas.
Carlos Fernando, Adebraldo Maia Jr., Paulo Andrade, Nicholas Furtado, Rodrigo Lobo, Fabiane Almeida e Hilary Bentes formam a equipe Bajara, coordenada pelo Prof. Me. Thiago Moreira, autor do projeto de extensão “Minibaja Sae Brasil: um mecanismo de aprimoramento técnico dos futuros profissionais de engenharia da Universidade Federal do Oeste do Pará.
Carlos Fernando, Adebraldo Maia Jr., Paulo Andrade, Nicholas Furtado, Rodrigo Lobo, Fabiane Almeida e Hilary Bentes formam a equipe Bajara, coordenada pelo Prof. Me. Thiago Moreira, autor do projeto de extensão “Minibaja Sae Brasil: um mecanismo de aprimoramento técnico dos futuros profissionais de engenharia da Universidade Federal do Oeste do Pará.
Para construir um minibaja para a
competição nacional, que ocorrerá em março de 2016 na cidade de Piracicaba,
interior de São Paulo, a equipe da Ufopa se dedica desde a concepção e
detalhamento do projeto, que é o desenvolvimento computacional, até a montagem
e finalização do veículo. Na fase atual, já é possível ver materializados os
sistemas do veículo. “Estamos em uma etapa construtiva, montando os sistemas de
suspensão, transmissão, freio e direção. Falta agora a carenagem, que é de fato
o que dá forma e design ao carro, e após isso faremos os testes de qualidade. A
expectativa é que em dezembro o carro esteja pronto, para iniciarmos os testes
e emitirmos o relatório para enviar para a competição”, explica o professor.
Prática - Para o estudante
Nicholas Furtado, estar envolvido em uma situação real de desenvolvimento de um
veículo off-road, é uma oportunidade de aplicar todo o conhecimento adquirido
em sala de aula. “Quando o engenheiro sai da formação, ele conhece a parte
teórica, mas ele não conhece a dificuldade de se aplicar o conhecimento. E o
baja é voltado para colocar tudo aquilo que a gente aprendeu na sala de aula em
prática, pois nem tudo que a gente vê em sala de aula é aplicável na situação
real. Às vezes a gente encontra um material que parece fácil de soldar com um
eletrodo rutílico, por exemplo, mas quando a gente vem aplicar na prática, o
eletrodo que parecia mais fácil é aquele que mais temos dificuldade de
utilizar”, pondera.
Superando os desafios - O
empresário Realdo Spanholi, que já criou mais de mil projetos como o do
minibaja, sabe bem os desafios a serem superados pela equipe, tanto que o
empresário cedeu o espaço do seu empreendimento para a construção do baja da
Ufopa. “Eu achei interessante apoiá-los, pois muitas vezes é uma forma de
mostrar como não fazer, ou seja, fazer nas escuras do jeito que eu venho
fazendo durante todo esse tempo”, comenta.
Mesmo com o apoio, o projeto
ainda busca novos colaboradores e patrocinadores, pois, de acordo com o Prof.
Thiago, os desafios da competição são muitos, entre eles o fato de a equipe
estar longe dos grandes centros urbanos, o que torna as dificuldades ainda
maiores. "A maior delas é a aquisição de recursos, pois é muito difícil,
aqui na região, conseguir patrocínio para este tipo de projeto; alguns
empresários não valorizam a parceria universidade/empresa e outros não
acreditam que os alunos irão conseguir executar um projeto complexo como este.
A distância que estamos dos grandes centros dificulta a compra de alguns
equipamentos e insumos, mas, apesar de todos os empecilhos, nós estamos
conseguindo superar as dificuldades”, avalia o professor.
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