A 3ª Conferência Nacional de
Juventude vem aí. E, antecedendo o evento, teve início ontem, segunda-feira (14) a Etapa Nacional da
Juventude de Povos e Comunidades Tradicionais. Segundo a secretária executiva
do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, que participou
da abertura do encontro, o ministério, em parceria com a Fundação Banco do
Brasil (FBB), vai financiar 60 projetos voltados para a juventude.
Ela lembrou que o governo federal
tem políticas específicas para essa parcela da população, como Assistência
Técnica e Extensão Rural (Ater), crédito do Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf Jovem), entre outros. Mas a secretária ainda
classificou como desafio algumas demandas da juventude, como a inclusão digital
e a sucessão rural. “Acredito que além das políticas existentes, hoje, temos
que olhar bem para a questão da sucessão rural. E a gente sabe como é difícil
ter o recorte de juventude nas nossas políticas públicas. Esse é um grande
desafio e esse momento é muito importante para isso”, declarou.
A participação social do jovem na
formulação e adaptação das políticas públicas tem crescido, com o passar dos
anos. Na avaliação do secretário nacional de juventude, Gabriel Medina, eles
têm, cada vez mais, participação ativa na política. “Temos uma juventude que
quer mais. Mais internet, mais saúde e educação. Temos uma geração que é
inquieta, insatisfeita e quer, e luta por mais direitos”, afirmou.
Essa etapa reúne, até esta terça
(15), jovens representantes de mais de 20 povos e comunidades tradicionais de
todo o Brasil, para debater suas necessidades e como elas podem ser atendidas e
adaptadas às políticas públicas. No encontro, serão formuladas as propostas que
serão levadas para a Conferência Nacional - realizada de 16 a 19 de dezembro,
no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e que vai compor o Estatuto da
Juventude.
Participam do evento
representantes de indígenas, quilombolas, ciganos, terreiros e matrizes
africanas, pescadores artesanais, extrativistas, caiçaras, pantaneiros,
pomeranos, quebradeiras de coco babaçu, retireiros do Araguaia, comunidades de
fundo e fecho de pasto, costeiros e marinhos, benzedeiras, caximbeiras,
apanhadoras de flores sempre vivas, catadoras de mangaba, ribeirinhos,
seringueiros, caboclos e jangadeiros.
Dentre os eixos que serão
debatidos pelos jovens de povos e comunidades tradicionais estão: território,
identidade e combate à violência.
Por Tássia Navarro/ Fotos Rony Sousa/MDA/
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