terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Conferência ouve jovens de povos e comunidades tradicionais


A 3ª Conferência Nacional de Juventude vem aí. E, antecedendo o evento, teve início  ontem, segunda-feira (14) a Etapa Nacional da Juventude de Povos e Comunidades Tradicionais. Segundo a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, que participou da abertura do encontro, o ministério, em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB), vai financiar 60 projetos voltados para a juventude.
Ela lembrou que o governo federal tem políticas específicas para essa parcela da população, como Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Jovem), entre outros. Mas a secretária ainda classificou como desafio algumas demandas da juventude, como a inclusão digital e a sucessão rural. “Acredito que além das políticas existentes, hoje, temos que olhar bem para a questão da sucessão rural. E a gente sabe como é difícil ter o recorte de juventude nas nossas políticas públicas. Esse é um grande desafio e esse momento é muito importante para isso”, declarou.
A participação social do jovem na formulação e adaptação das políticas públicas tem crescido, com o passar dos anos. Na avaliação do secretário nacional de juventude, Gabriel Medina, eles têm, cada vez mais, participação ativa na política. “Temos uma juventude que quer mais. Mais internet, mais saúde e educação. Temos uma geração que é inquieta, insatisfeita e quer, e luta por mais direitos”, afirmou.
Essa etapa reúne, até esta terça (15), jovens representantes de mais de 20 povos e comunidades tradicionais de todo o Brasil, para debater suas necessidades e como elas podem ser atendidas e adaptadas às políticas públicas. No encontro, serão formuladas as propostas que serão levadas para a Conferência Nacional - realizada de 16 a 19 de dezembro, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e que vai compor o Estatuto da Juventude.
Participam do evento representantes de indígenas, quilombolas, ciganos, terreiros e matrizes africanas, pescadores artesanais, extrativistas, caiçaras, pantaneiros, pomeranos, quebradeiras de coco babaçu, retireiros do Araguaia, comunidades de fundo e fecho de pasto, costeiros e marinhos, benzedeiras, caximbeiras, apanhadoras de flores sempre vivas, catadoras de mangaba, ribeirinhos, seringueiros, caboclos e jangadeiros.

 Programação

Dentre os eixos que serão debatidos pelos jovens de povos e comunidades tradicionais estão: território, identidade e combate à violência.

Por Tássia Navarro/ Fotos  Rony Sousa/MDA/

Ascom/MDA

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