quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Seca faz praia da Ponta Negra ser interditada por 45 dias, em Manaus

Interdição ocorre por medida de segurança prevista em TAC de 2013. Calçadão e quiosques da Ponta Negra continuarão em funcionamento.



A praia da Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, será interditada a partir desta quarta-feira (28). O fechamento do balneário ocorrerá por medida de segurança em relação ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de março de 2013, que estabelecia uma profundidade mínima de 16 metros no Rio Negro. Com a vazante, o rio atingiu nesta terça (27) a cota de 15,95 metros, considerada perigosa aos banhistas.
Em coletiva na manhã de ontem, terça-feira, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que o local ficará interditado por 45 dias.

“O nível ideal para os banhistas é 19 metros. O rio mais seco deixa os banhistas mais próximos dos buracos e depressões, o que pode ocasionar acidentes”, informou o superintendente do CPRM, Marco Antônio Oliveira.

                                                Superintendente afirmou que prazo pode ser estendido                                                       
(Foto: Sérgio Rodrigues/ G1 AM)

"Vamos ter que aguardar como é que vai ser o retorno das águas e do rio. No início será uma subida lenta, e, portanto, até que o nível do rio esteja em uma cota de segurança, é provável que se estenda esse prazo", destacou Oliveira.
O superintendente afirmou ainda que nos últimos dois anos o nível do Rio Negro se manteve na média de 19 metros. Há um ano, a cota era de 19,96 metros. O prazo de 45 dias pode ser renovado caso o rio não atinja a cota de segurança.
                                                         Prefeito  assina decreto de interdição da praia da Ponta Negra                                                                                   (Foto: Sérgio Rodrigues/ G1 AM)

A prefeitura de Manaus destacou que o calçadão e os quiosques da Ponta Negra continuarão em funcionamento. Mais chuveiros devem ser instalados no balneário para suprir a interdição da praia. O prefeito, Artur Neto (PSDB), disse que a medida de segurança é necessária para evitar mortes, como as que aconteceram na praia em 2012.
Interdição em 2012

"As mortes que ocorreram em 2012 aconteceram com o nível de água acima de 16m e abaixo de 17m. Hoje, está abaixo de 16m e acima de 15m, portanto, é muito perigoso. Eu adoto uma máxima de administração que para mim é o norte. Entre o desagradável, que é interditar praia, e o desastroso, que é fingir não ver o problema e deixar gente morrer, eu prefiro interditar a praia. E como medida de amenização, vamos colocar muitos chuveiros para que se não perca a balneabilidade e possam praticar seus esportes na areia", afirmou.
Em 2012, o balneário foi interditado após o registro de 12 mortes por afogamento. O fechamento da praia ocorreu ainda durante a gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes. Quatro meses após a interdição, foi assinado o TAC que enumerou exigências para o funcionamento da praia, reaberta em abril de 2013.
Naquele ano, o número de mortos por afogamento na praia de Manaus era considerado quatro vezes maior do que o registrado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao longo de oito meses.
Do G1 AM


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