A matriz energética brasileira é sustentada basicamente na hidroeletricidade, como exemplos na Amazônia estão as usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), construídas a partir da década de 70. Portanto vemos que a polêmica em torno da construção desses complexos hidrelétricos tornou-se herança das obras estratégicas do governo federal.
Especialistas favoráveis a construção, apontam que Belo Monte e outras usinas (como no rio Tapajós) sustentarão o potencial remanescente hidrelétrico no país, sendo assim vitais para o desenvolvimento, devido ao crescente mercado de energia elétrica.
As usinas construídas na Amazônia não servem de modelo para o projeto de Belo Monte, talvez esse seja o motivo da licença de Belo Monte ter sido mais rigorosa em relação a impactos ambientais e sociais do que as exigências de outras centrais energéticas.
Os socioambientalistas, entretanto, estão convencidos de que além dos impactos diretos e indiretos, Belo Monte é um cavalo de tróia, porque outras barragens virão e com elas uma série de conseqüências como inchaço populacional, comprometimento da biodiversidade com a perda irreversível de centenas de espécies, desrespeito a cultura dos povos tradicionais entre outros impactos sócio-ambientais.
Frente a discussão estão os movimentos sociais que atuam na região, como por exemplo, o Movimento Xingu Vivo para Sempre que reúnem representantes como o Bispo Dom Erwin Kräutler, Antônia Melo (Movimento de Mulheres), a população ribeirinha, os indígenas além de ongs nacionais e internacionais, todos na luta contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte e de outras hidrelétricas.
Enfim não seria o momento do Brasil se equiparar aos exemplos dos países que investem na geração de energias alternativas como a solar, eólica e biomassa que não causam impactos ambientais e sociais?
---------------------------------------------( por Fernanda Rodrigues.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário